O Mundial de Clubes era suposto lançar o futuro, mas acabou a empatar o presente: sem vitórias, sem ideias e sem treinador convincente, o FC Porto regressa dos EUA pior do que partiu
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1 - Para este FC Porto, o Mundial de Clubes começou mal antes sequer de se iniciar e terminou com a certeza de que o inaceitável empate com o Al Ahly foi o epílogo da temporada 2024/25, e não o prólogo de uma nova era. Uma equipa desgastada por um ano de maus resultados e raros momentos de sucesso não se transforma com uma semana de férias e meia dúzia de treinos. Pensar o contrário era, convenhamos, manifestamente otimista.
Ao cabo de três jogos sem uma única vitória para emoldurar, o FC Porto regressa pior do que partiu. E pior, porquê? Porque, se as dúvidas sobre o valor do plantel eram poucas, restava a esperança de que Anselmi pudesse ser a solução, desde que tivesse direito a melhores jogadores. Mais uma vez, otimismo em excesso.
Meio ano depois, a única coisa clara é que Anselmi não cumpriu promessa alguma. Aliás, este FC Porto nem sequer consegue fazer mal aquilo que queria fazer bem. Simplesmente, não faz. Não defende bem, não ataca bem e deixa sempre a sensação de que 11 jogadores em campo não são suficientes para formar uma equipa, e que, por isso, mais e melhores jogadores poderão não bastar. E agora, qual é a resposta que vale um milhão de euros? Deve Martín Anselmi tornar-se no novo Vítor Bruno? Ou, pelo contrário, deve o argentino ter também direito a um mercado de transferências capaz de alimentar expectativas num futuro melhor, como sucedeu no verão de 2024? Uma coisa é certa: Anselmi deixou de ter o benefício da dúvida que até Vítor Bruno teve.
2 - O Benfica segue para os oitavos no Mundial de Clubes após vencer o Bayern – o que não conseguira nos 13 confrontos anteriores – com uma exibição magistral de Trubin, é certo, mas, em especial, graças a um irrepreensível compromisso coletivo.