Exibir cartão vermelho a Sérgio Conceição à distância de 15/20 metros foi demonstração de medo
Sérgio Conceição, excelso jogador que tive privilégio de arbitrar e que, jamais extravasando limites de respeito e consideração mútua, porventura por perceber ser tratado como igual, sempre me demonstrou honrar autoridade do árbitro, quarta-feira revelou conduta a todos os títulos censurável, justificadora de cartão vermelho e punição severa
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Nulidade!
É tocante como ano após ano, apesar do muito que se diz sobre verdade desportiva e transparência, ao invés de se privilegiar competência, os responsáveis promovem inábeis fomentando especulação de auxílio indireto a competidores amenizando insegurança destes. Ninguém de bom-senso, conhecedor e minimamente interessado pela arbitragem, ao saber nomeação para jogo da Supertaça, terá deixado de equacionar capacidade do Sr. Luís Godinho, oitavo classificado da época passada e comprovada nulidade como árbitro, para adregar prestação positiva.
Quem como ele questiona: "Acha que gosto de ir um café no dia a seguir e toda gente falar de mim?" e depois, no decorrer do jogo, dá azo a que dele falem, das duas uma: não sabe o que quer ou não tem mesmo jeito para a coisa. Pelo percurso errático, ambas, certamente! Em benefício da figura, indubitavelmente a celebridade pela negativa do encontro, não terem existido lances vulgarmente mais escrutinados pela crítica e o vencedor ter sido o protegido desta. Tudo o resto, não foi pouco, disse muito sobre a incompetência já amplamente demonstrada. Enfim, o CA de Évora sentir-se-á orgulhoso de ter um árbitro com insígnias FIFA, porém, antes de o dizer, deveria ponderar como ao fazê-lo desprestigia, desvalora e envergonha filiados como Bento Marques ou o falecido José Pratas. Quarta-feira, a ação disciplinar adotada pelo usuário do apito, prevalecendo critério díspar, foi deplorável. Expulsar Pepe, só após alerta do VAR, revelou como não sabe distinguir fortuito de objetivo. Exibir cartão vermelho a Sérgio Conceição à distância de 15/20 metros foi demonstração de medo, quiçá cobardia, sobretudo falta de personalidade.
Vexou
Sérgio Conceição, excelso jogador que tive privilégio de arbitrar e que, jamais extravasando limites de respeito e consideração mútua, porventura por perceber ser tratado como igual, sempre me demonstrou honrar autoridade do árbitro, quarta-feira revelou conduta a todos os títulos censurável, justificadora de cartão vermelho e punição severa. Mas, que dizer de um soprador de atito que, exibindo-lhe cartão vermelho à distância - forma indigna, desaconselhada e despersonalizada de afirmar autoridade -, o vexou ao apelar a subalterno (Marcano, capitão FCP), para o convencer a acatar decisão? Desconhece o utilizador do apito ser com o dirigente presente no banco que devia falar?
Alienados
Pode falar-se do soprador do atito, censurar-se comportamento indesculpável do treinador do FCP, mas haverá alguém responsável, consciente, com autonomia e independência bastantes, indiferente ao que as pressões são capazes de fazer e determinar, com capacidade para verberar postura execrável, manifestamente parcial, visivelmente tendenciosa, notoriamente balizada por antolhos de cor única, de comentadores, relatadores e quejandos durante a emissão televisiva (foram duas as antenas a transmitir)? Como é possível a existência de autênticos alienados a, pela voz, deturparem aquilo que os espectadores pagantes estão a ver? Serão só interesses comerciais? Não! É facciosismo.