Eric García roçou, não jogou a bola
APITADELAS >> Os espanhóis, naturalmente os mais atingidos, vociferam. Os legalistas comodistas, incapazes de pensarem, sempre concordantes com o que lhes transmitem, corroboram decisão da equipa de arbitragem
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O acontecimento do fim-de-semana foi a final da Liga das Nações, realçado pelo modo como França conquistou o título. Mbappé, em evidente fora-de-jogo aquando do passe de Hernández, beneficiou da posição irregular para fazer o golo da vitória gaulesa aproveitando um ressalto ou desvio da bola em Eric García.
Os senhores que superintendem na arbitragem mundial, dizem e desdizem com maior desfaçatez, criando dúvidas compreensíveis nos árbitros.
Os espanhóis, naturalmente os mais atingidos, vociferam. Os legalistas comodistas, incapazes de pensarem, sempre concordantes com o que lhes transmitem, corroboram decisão da equipa de arbitragem. Esta, por sua vez, estriba-se no trecho da Lei que diz: "Não se considera que um jogador tira vantagem da posição de fora de jogo quando recebe a bola de um adversário que jogou a bola deliberadamente, incluindo numa infração deliberada de mão na bola, a menos que se trate de uma defesa".
Algo literalmente explicado no diagrama 8, pág. 206 das Leis do Jogo, mas, terá sido assim? Porque não adotar o trecho que dita: Um jogador na posição de fora de jogo no momento em que a bola é jogada ou tocada por um colega de equipa só DEVE SER PENALIZADO SE TOMAR PARTE ATIVA NO JOGO GANHANDO VANTAGEM DESSA POSIÇÃO JOGANDO A BOLA OU INTERFERINDO COM UM ADVERSÁRIO QUANDO A BOLA TENHA RESSALTADO OU TENHA SIDO DESVIADA DE UM (...) ADVERSÁRIO, situação esta devidamente exemplificada nos diagramas 9 (pag. 207) e 13, pag. 209, das Leis do jogo. Eric García roçou, não jogou a bola.
Paradigma
Na arbitragem instilou-se o paradigma da punição do facto sem avaliação da intencionalidade para punir ações faltosas dos jogadores. Assim, basta um movimento inusitado ou uma atitude imprópria, desrespeitosa ou atentatória do espírito do jogo, que interfira com a bola, adversário ou árbitro, para o faltoso, sem ponderação de intencionalidade, ser sancionado. Garcia cometeu falta?
Dizem, desdizem
Os senhores que superintendem na arbitragem mundial, dizem e desdizem com maior desfaçatez, criando dúvidas compreensíveis nos árbitros. O glossário dos termos de futebol publicado com Leis do Jogo escreve: DELIBERADO "Uma ação que o jogador intencionava / pretendia fazer; não é uma reação "reflexa" ou não intencional"; INTENCIONAL "Uma ação deliberada (que não um acidente)"