SENADO - Um artigo de opinião de José Eduardo Simões.
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Era uma vez uma pandemia que foi usada pelos regimes ditatoriais do nosso querido planeta para silenciar, perseguir, torturar (sob as mais diversas formas) e matar opositores, impor ainda mais agressividade nos seus actos, impedir qualquer veleidade de expressão fora da caixa das verdades oficiais, exportar a sua sede de mandar e colocar países e sociedades sob a sua pata.
Tudo isto sem que a comunicação social das democracias se indignem, talvez porque também os regimes democráticos, à sua maneira, também utilizaram a pandemia para fins que pouco saudáveis, como limitar e condicionar liberdades fundamentais, impor modelos comportamentais e obrigações sanitárias mediante opiniões sem base científica, informação credível, estudos suficientes e debate profundo clarificador. Como reagiriam homens como Churchill, Adenauer, Gandhi ou Roosevelt perante o que se está a passar? Temos que ser claros: os fortes sempre gostaram de pisar os fracos, mas não pode valer tudo. O que um governador (zito) regional da Austrália está a fazer ao tenista Djokovic é indigno. Não está vacinado, mas teve um teste PCR positivo em meados de Dezembro, está recuperado e com auto imunização à COVID bem superior aos que já o foram 3 ou 4 vezes, conforme o afamado mestre americano Dr. Fauci afiança. Qual é o problema, a não ser para arranjar um bode expiatório para levar mais gente a vacinar-se?
Na sociedade, no desporto, temos que ser claros e não ceder ao obscurantismo da falsa ciência de verdades inventadas hoje caro a quem manda. É ou não verdade que há cada vez mais atletas com problemas de saúde graves após terem sido vacinados? O ano de 2020 foi fértil em casos do conhecimento público. É por culpa da vacina? Antes de se dizer o que quer que seja, estude-se cada situação de forma exaustiva. E na população em geral, é ou não verdade que cada vez mais pessoas se queixam, após a vacinação, de dores e problemas variados que antes não sentiam? É e, da mesma forma, não se devem atribuir culpas ou desculpas à vacina do pé para a mão. Temos o maior número de cobaias humanas da história da humanidade.
É dever das autoridades de saúde, dos médicos, laboratórios e das companhias farmacêuticas que estão a lucrar somas estratosféricas com as campanhas para obrigar o povo a vacinar-se, analisar e dar respostas claras. Sem mentiras, como as divulgadas por um responsável governamental que dizia que 95% das pessoas hospitalizadas com COVID são não vacinados e, perante o clamor de quem realmente sabe e está lá, médicos e enfermeiros, emendou para 70%, depois 60% e agora já está nos 35%. Exige-se seriedade e informação correcta e exaustiva. O pior que se pode fazer é enganar a população que assim fica ainda mais desconfiada do mérito das vacinas. Não se pode mandar confinar tudo e todos os que testam positivo, mesmo que assintomáticos, para depois oportunisticamente desconfinar para o que interessa. Restringir as visitas aos mais idosos que estão em lares, mas o pessoal que cuida deles só é testado de 15 em 15 dias, às vezes mais.
Aumentar e diminuir o tempo de confinamento conforme dá jeito. Proibir pessoas com testes positivos de votar. Obrigar a testes numas situações e não o fazer noutros casos idênticos. O que se está a passar é digno de ciências ocultas da Idade Média. O desporto está a ser mais uma vez campo de batalha das maiores confusões e disfunções. Adia-se, não se adia, porque sim e porque não. Ter mais ou menos público, com ou sem máscara, com ou sem teste. Um teste não é mais que a fotografia daquele momento. Quem paga aos clubes tempos de inactividade que não se encontram cobertos pelos seguros desportivos? Os atletas nada sentem, não estão "lesionados" e são colocados à parte alguns dias. Outros, hoje "negativos", podem ir a jogo já positivos. Falta seriedade e sensatez e, quando assim é, a confiança nas autoridades fica abalada.