Época andensa-se e condiciona pausa

Adentra-se e adensa-se a temporada e com as competições europeias em andamento pleno tornam-se bem visíveis os seus efeitos físicos e psicológicos a nível interno, pela forma como constituem um fator extra de complicação e preocupação para equipas e treinadores. O dia de ontem foi particularmente ilustrativo da maneira como a densidade competitiva e o calendário internacional afetam clubes e plantéis. O caso do Benfica é paradigmático, porque o adiamento do jogo na Madeira o impediu de surfar a onda da euforia desta segunda era Lage, em especial após a goleada sobre o At. Madrid na semana passada. As águias estão agora a oito pontos do imperturbável líder Sporting e a cinco do FC Porto, tendo de esperar até 19 de dezembro, fase do ano tradicionalmente difícil pela conjugação de desgaste acumulado e terrenos pesados, para perceber o resultado exato deste adiamento. Até lá, é um pouco como estar perdido na bruma...

Em Guimarães e no Dragão também se viveram consequências da Europa. No primeiro caso, pela notória quebra física de um Vitória que de eventual goleada passou a um insólito empate nos descontos, mérito também da crença boavisteira; no segundo, além de um duelo entre duas das melhores equipas da I Liga, nem FC Porto nem Braga podiam dar-se ao luxo de não vencer, após o frustrante empate caseiro com o Manchester United e a derrota no campo do Olympiacos. Redimiram-se os dragões, somaram novo desaire os minhotos e segue-se nova pausa para seleções, que nuns casos serve para descansar e recuperar lesionados, como afirmou Amorim, mas noutros para ruminar sobre os erros e tentar evitar pensar que a próxima jornada de campeonato é só daqui a três semanas.