Entristece-me a crispação entre alguns associados e o presidente do Braga
PASSE DE LETRA - Um artigo de opinião de Miguel Pedro
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Saberão alguns leitores, que me conhecem, que trabalho fora de Braga, mais precisamente em Matosinhos. Tenho um grupo de cinco amigos, com quem almoço uma vez por mês, que são adeptos de futebol: um portista, um benfiquista, um sportinguista, um boavisteiro e eu, bracarense. Esta semana almoçámos e falou-se de política (muito) e de futebol, claro.
Orgulhei, desde logo, o meu discurso com a recente vitória dos sub-19 em Belgrado, que garantiu a passagem dos jovens arsenalistas aos oitavos-de-final da Champions Youth League. Engrandeci a minha narrativa ao falar da Academia do Braga e da formação e todos os convivas, sem exceção, concordaram que o Braga tem sido o clube que mais tem crescido em Portugal, nos últimos anos, no que diz respeito à estratégia de formação, com efeitos concretos no futebol profissional, não só nos jogadores, mas também nos treinadores. Até que o boavisteiro me falou do castigo inusitado do Conselho de Disciplina ao Braga pela exibição, pela claque bracarense, de uma tarja de insulto… ao próprio presidente do Braga. E logo os outros falaram sobre a mais recente Assembleia Geral, que parece ter servido também para que os associados ligados à claque veiculassem a sua visceral hostilidade contra o presidente do próprio clube.