O FC Porto entra esta noite em campo, mas será muito mais do que um jogo de futebol. A memória de Jorge Costa acompanhará a equipa da primeira à última jornada, como sugere Farioli
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A morte, em circunstâncias trágicas e inesperadas, de Jorge Costa espalhou luto e consternação não só em todos os portistas, como também no futebol e no desporto nacional. Mas, após os momentos de dor que marcaram os últimos dias no universo dos dragões, chegou o momento em que a equipa é convocada para ultrapassar o derradeiro obstáculo emocional e competir em campo, como o antigo capitão tanto gostava.
Paixão, entrega, raça e mística são palavras que ilustram bem o comportamento do malogrado dirigente enquanto jogador, treinador e, também, nos últimos tempos, no papel de diretor do futebol profissional. Hoje, quando os futebolistas do FC Porto subirem ao relvado do Dragão e se depararem com as bancadas do estádio cheias, sabem que vão ter de jogar por mais do que a camisola do clube, que, desde logo, representa enorme responsabilidade. A busca pela vitória terá de incluir o ADN de Jorge Costa, todos aqueles argumentos que fizeram com que, ao longo dos anos, o antigo capitão construísse um legado que, na despedida, foi tão sublinhado.
Francesco Farioli deu conta disso mesmo na antevisão que ontem fez aos meios do FC Porto, pois não precisou de muito tempo para perceber tudo o que o eterno camisola 2 dos azuis e brancos representava para o clube, para a cidade e para o futebol português. O Vitória de Guimarães arranca com o mesmo propósito de alcançar os três pontos e terá sempre uma palavra a dizer nos 90 minutos, numa noite que ficará, seguramente, gravada pelas fortes emoções à flor da pele dos presentes. Que todos saibam honrar a memória de Jorge Costa.