VISTO DO SOFÁ - Opinião de Álvaro Magalhães
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A treze dias das eleições mais importantes da história do FC Porto, os dois grandes candidatos estão no auge das suas campanhas, excepto, claro, Pinto da Costa, que sempre disse que não fazia campanha. Há dias, quando um jornalista lhe pediu um balanço da campanha em curso, encolheu os ombros, como quem pergunta «Qual campanha?» e mandou-o falar com quem tratava disso, ele tinha coisas mais importantes para fazer.
E enquanto fazia essas coisas mais importantes, lá foi dizendo que os árbitros estão a prejudicar a equipa desde que apareceu a candidatura de André Villas-Boas. Também acusou o seu opositor de ter desviado Kevin De Bruyne para o Chelsea, de ir a uma exposição de carros quando a equipa estava numa final, até de ter tentado um acordo secreto com os SuperDragões. Por fim, acusou-o de dividir os adeptos, quando essa divisão é a expressão democrática da vitalidade do clube, ou seja, uma virtude e não um defeito. Só ainda não o culpou das alterações climáticas, mas ainda vai a tempo. E quando não está a acusá-lo ou a culpá-lo de qualquer coisa, está a minimizá-lo, tratando-o por Luís André, ou a sacudir a sua paternidade futebolística, com a elevação habitual: «Vai chamar pai a outro!». Ficamos a pensar: olha se ele estivesse a fazer campanha!