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Tenho de admitir, irritam-me as constantes comparações entre Éder e Lima. São inevitáveis, porque o internacional português foi ocupar o lugar do brasileiro no ataque do Braga, mas torna-se até injusto compará-los porque um não tem nada a ver com o outro. Também não acredito que essa situação incomode o avançado bracarense ou que o impeça de crescer futebolisticamente. Tem qualidades invejáveis, além de estar num clube que lhe garante tranquilidade e que não o tem pressionado. Os primeiros golos já apareceram com o Rio Ave, como podiam ter acontecido na estreia em Paços de Ferreira, e em nenhum momento Éder ou o clube deram sinais de alarme. Era uma questão de tempo. Éder tem tudo para continuar a melhorar. Fisicamente é alto e forte, arranca bem em velocidade e sabe o que fazer com a bola nos pés. Além disso, e pelas informações de quem trabalha com ele, gosta de ouvir para evoluir, é humilde e profissional. Aos 24 anos, está numa fase importante da carreira. Rúben Micael, companheiro de equipa no Braga e na Seleção Nacional, considera-o o futuro ponta de lança da equipa das Quinas. Condições não lhe faltam. Mas tem de aprender a jogar mais com os novos companheiros, evitando sistematicamente fugir para as alas. O habitat dele tem de ser a área, onde escasseiam jogadores com essas características.