O atual quarto lugar revela bem o défice de qualidade da equipa e Villas-Boas tem agora a missão de reconstruir o plantel à medida das ideias de Martín Anselmi. As mudanças não devem ser residuais
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A época até começou com um triunfo brilhante na Supertaça, a dar uma sensação de qualidade que se revelaria falsa, em especial depois da derrota na Choupana, onde pior do que o resultado foram os sinais alarmantes da exibição, impedindo o FC Porto de saltar para a liderança da Liga. Foi o ponto de viragem dos azuis e brancos de uma possível época de sonho em plena transformação geral interna para um pesadelo que ganhou contornos de tragédia com a goleada sofrida em casa frente ao Benfica, no clássico do último domingo.
Na quarta posição e apenas com ambições de chegar ao último lugar do pódio, numa luta com o Braga que promete ser dura até ao fecho das contas, é tempo de começar a projetar a próxima campanha, em que não vencer algo de relevante é algo que não passa pela cabeça de qualquer portista. O mais interessado em tornar o plantel competente é André Villas-Boas, que terá de trabalhar com a direção desportiva a constituição de um grupo de futebolistas que encaixem nas ideias de Martín Anselmi, o treinador que já assegurou ser o homem do leme para 2025/26.
O quadro financeiro está bem mais desanuviado, ainda assim os investimentos devem ser feitos com algumas cautelas, pelo que a intervenção no mercado não poderá suportar erros de casting. Mas, primeiro, é preciso perceber quem não conta e Tiago Djaló é o primeiro da lista com o rótulo de dispensável, pois, como escrevemos nesta edição, o FC Porto não tem opção de compra pelo central e não vai tentar sequer negociá-lo com a Juventus. E outras saídas se seguirão, num verão que promete ser agitado no Dragão.