Tanto João Sousa como Rui Costa foram novos para Espanha e aí cresceram como atletas. Mas, tal como a qualquer atleta nacional, o que mais os entusiasma é ver os portugueses felizes
Corpo do artigo
Passar uma manhã a vibrar com a primeira vitória de um português num torneio de ténis do ATP World Tour e digerir o almoço com o triunfo de Rui Costa no Campeonato do Mundo de ciclismo; pelo meio ainda sobrou um espaço para se votar, num domingo como poucos. Os portugueses tiveram finalmente um dia de boas notícias e tanto João Sousa como Rui Costa ficam felizes com isso, pois uma característica comum a todos os atletas nacionais é a paixão pela pátria. Mesmo sendo, como é o caso, o mérito das vitórias praticamente só deles.
E começando essa caminhada, tanto a do tenista como a do ciclista, com uma decisão difícil, a de emigrar cedo. Ambos foram ainda novos e sem grande palmarés internacional para Espanha, mas também não é totalmente correto dizer que foi o país vizinho a fazer deles campeões. Foi a ambição e capacidade de sofrimento que os levou a ganhar um lugar ao sol, pois se Espanha dá condições que o nosso pequeno e pobre país não tem, também obriga qualquer estrangeiro a lutar em duplicado para superar, em primeiro lugar, os atletas locais. E, esta semana, eles brilharam a nível mundial, fazendo-o à frente... dos craques espanhóis.