APITADELAS - Opinião de Jorge Coroado
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Se dedicação pode ser entendido como desprendimento de si próprio em benefício de outrem ou de algo, podendo, eventualmente, considerar-se como um sacrifício, também, manifestação de apreço e carinho por uma atividade ou uma pessoa, a arbitragem tem (teve) muito de dedicação, nunca de devoção porquanto esta consubstancia dedicação levada ao extremo de culto.
Queira-se ou não, a arbitragem possui um “je ne sais quoi” inebriante que fascina e motiva quem a ela se dedica, porém, por muita entrega que se lhe possa tributar, jamais pode ser encarada como um culto justificador de devoção, no entanto, tempos houve em que o orgulho e a entrega no desempenho da função era tamanha que muito se assemelhava a uma religiosidade.