Amorim é como um ilusionista, usa (e bem) as palavras para desviar olhares do verdadeiro local do “truque”, o relvado. Não gosta do termo imparável como não gostava da pressão do título.
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1 - Igualado o melhor arranque leonino deste século - os seis triunfos de Jorge Jesus em 2017/18 -, este Sporting de Rúben Amorim passou ao nível seguinte e, com a sétima vitória seguida, só tem à frente as 11 da equipa liderada por Marinho Peres em 1990/91. Para a igualar, só passando por cima dos “cadáveres” de Casa Pia, Famalicão, Estrela da Amadora e Braga, o que nem parece impossível, tal a superioridade e confiança que os verdes e brancos têm passeado em campo. Ao ponto de a pergunta do milhão ser quem conseguirá travá-los?...
Amorim, que esta época assumiu o objetivo do bicampeonato, arquivando o estafado discurso do “pensar jogo a jogo”, criou, anteontem, outro tabu: não vive confortável com a ideia de o Sporting ser imparável, disse o inquieto treinador, pretendendo manter os seus jogadores fora da zona de conforto. Salvo a Supertaça, não se percebe, porém, quem possa parar o campeão, uma das quatro equipas das principais ligas da Europa que soma apenas triunfos. Barcelona e Bayern, com sete e quatro jornadas, fazem o mesmo em Espanha e Alemanha, enquanto o PSV, que hoje vai ao campo do Willem II e terça-feira recebe os leões para a Champions, é tirano nos Países Baixos.