Pepê, nas palavras do técnico que o lançou, tem características diferenciadoras e outras ainda a melhorar, mesmo após estas três épocas e meia no FC Porto. Mas as primeiras merecem aposta total.
Corpo do artigo
1 - Pepê é um jogador que, não raras vezes, exaspera os adeptos portistas pela forma como, aparentando desprezo pelo nobre princípio da segurança defensiva, galga metros relvado fora com o intuito de criar situações de ataque que acabam por redundar em perdas de bola perigosas ou até comprometedoras para o último reduto dos dragões. Dir-se-ia necessitar de um “guarda-costas”, impensável no futebol atual, em que a cada jogador é exigida uma vastidão de tarefas e cuidados. Pepê, no entanto, move-se e valha a verdade é capaz de transportar a equipa para a frente e de “gerar perigo e impacto no adversário”, como nos disse Renato Gaúcho, técnico que o lançou na primeira equipa do Grémio de Porto Alegre. Renato, admirador da fantasia do atacante, diz mais: quando ele errava, aconselhava-o a insistir nos lances indidivuais, por ser essa a característica diferenciadora dele.
Uma adaptação ao futebol da máxima atribuída a Robert Greene, autor de “As 48 leis do poder”, que aconselha as pessoas a agarrarem-se ao que as torna diferentes por ser essa a sua fonte de poder.