Arouca somou pela primeira vez pontos em Alvalade. Braga venceu à tangente e segue a seis pontos do primeiro.
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Devem bastar os dedos de uma mão, e se calhar até são demais, para contar os adeptos benfiquistas que têm a explicação para os seis pontos perdidos pela equipa do coração nas últimas duas jornadas do campeonato. Parece coisa de rapto por extraterrestres, combustão espontânea e outros fenómenos dignos de um episódio dos X-Files. São acontecimentos sem uma explicação lógica, tão assustadores como a visão de um qualquer ser azul e branco que se aproxima, ameaçador enquanto o corpo congela e não há fuga possível.
No campeonato, a ficção confunde-se com a realidade. Depois do clássico que ditou o triunfo do FC Porto na Luz, o Benfica voltou a cair, desta vez em Chaves. E foi mesmo uma queda de Otamendi que abriu caminho à vitória flaviense num pontapé de Abass, um jovem ganês que tem Sadio Mané como ídolo. A euforia pré-clássico deu agora lugar à depressão, acentuada pela derrota europeia frente ao Inter, com as bancadas a contestarem tudo e todos, e Schmidt, até então imperturbável, a atirar-se ao VAR.
O primeiro lugar está preso por quatro pontos, pouco para quem já teve mais do que o dobro, e o calendário do líder está recheado de "minas e armadilhas" como o Braga e o Sporting. Como isto está, ninguém quer perder os próximos episódios.