Copa América não deixará de constituir um monumento à incúria e sociopatia de Bolsonaro
FORA DA CAIXA - Opinião de Joel Neto
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TRISTE HISTÓRIA
Futebol e sociopatia
Faltam três dias e parece que ainda falta uma eternidade. Com a estreia marcada para domingo, frente à Venezuela, os jogadores do Escrete acabam de se declarar contra a realização da Copa América em território brasileiro. Hoje mesmo, o Supremo Tribunal Federal apreciará dois recursos que exigem a suspensão da prova. E, como se isso não bastasse, a Mastercard, que apoia o certame ininterruptamente há trinta anos, já anunciou que não encontra reunidas as condições para acionar, desta vez, o acordo de patrocínio.
E talvez a Copa América se realize, de facto. Mas já não vencerá a sombra que paira sobre ela, nem deixará de constituir um monumento à incúria, ao populismo e à sociopatia de Bolsonaro e seus coronéis. E também por isso se torna tão deplorável o Japão, anfitrião dos Jogos Olímpicos, estar nas mãos do Comité Olímpico Internacional: não pode cancelar aquilo que o Brasil podia não ter aceitado.
ADEUS SUPERLIGA
Ou "Olá, Superliga"?
O acordo que prevê uma indemnização à Premier League por parte dos seis clubes ingleses que aderiram à Superliga é mais um contratempo para quem pretenda levar o projeto por diante. Não tanto pelos 23 milhões de euros em causa, mas pelos 30 pontos que os clubes se comprometem a perder no campeonato em caso de voltarem a sentir tentações do género.
Fica resolvida em definitivo a hipótese de uma Superliga fora do âmbito da UEFA. Mas não fica resolvida a hipótese no âmbito dela. E, provavelmente, essa hipótese até sai reforçada - é a última.
