Os três grandes tiveram de mudar de treinador a meio da viagem e nas trocas foi o Sporting a ser mais feliz
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Ponto final na edição de 2024/25, com os naturais e necessários balanços a poderem ser feitos mais ou menos apressadamente. No caso do Sporting, o título de campeão nacional é a cereja no topo de um bolo que nasceu perfeito, que ficou torto de repente, mas no qual Rui Borges (ou o Rei Borges) conseguiu colocar a vela para os adeptos darem o sopro final de felicidade com o carimbo de um bicampeonato que já escapava há mais de sete décadas. A alegria de uns é a tristeza de outros e, este ano, Benfica e FC Porto voltam a fechar as contas com saldo negativo, pois o campeonato é e sempre será o troféu pelo qual as distintas legiões de adeptos mais suspiram. Os encarnados tinham, reconhecidamente, o melhor plantel, mas também houve turbulência durante este voo, com a necessidade de substituir o comandante inicial (Roger Schmidt) por Bruno Lage. No final do jogo de ontem, o técnico das águias assumiu as culpas pela dor que sentem nesta altura todos os benfiquistas, mas Rui Costa apressou-se a vir a público garantir que o treinador iniciará a próxima época na Luz. No FC Porto, o clima é também de desilusão, embora os últimos jogos tenham levantado um pouco a esperança dos dragões em conhecerem em breve a tão desejada retoma após o período de turbulência interna que atravessou.
O deve e haver não se faz apenas no topo da classificação, numa luta em que o Braga também voltou a mostrar querer intrometer-se, principalmente após a chegada de Carlos Carvalhal. No acesso às provas da UEFA, o Santa Clara leva a Europa de novo aos Açores, com uma ultrapassagem ao Vitória de Guimarães em cima da meta. Essa guerra está longe de ter o drama de quem fugia à descida. Farense e Boavista não escaparam e há muitas responsabilidades a apurar em ambos os casos. O Estrela da Amadora salvou-se do play-off com uma goleada sofrida num jogo que bem poderia ter sido de tudo ou nada, enquanto o Aves desaproveitou a possibilidade de festejar a permanência direta em casa e adiou as decisões para o play-off que terá de disputar frente ao Vizela.
Ganhar e perder faz parte do espetáculo, mas em todas as latitudes do futebol nacional a hora é de fazer balanços, corrigir erros e traçar novas metas. A próxima época é já ali ao virar da esquina.