A celeridade com que Vossa Excelência acolheu na residência oficial protagonistas de um título de futebol contrasta com o olvido sistemático de feitos de atletas individuais
Excelência, permita que, ignorando princípios adotados no palácio cor-de-rosa, me dirija a Vossa Excelência por esta via, acreditando ser o método mais apropriado para uma muito maior plêiade de concidadãos perceber - talvez questionar - como, no mais alto cargo da Nação, a coerência e a apregoada inclusão social não passam palavras vãs. Não espero de Vossa Excelência especial relevância a este escrito, elaborado por um ex-árbitro de futebol, alguém sem tendência para louvaminhas, elogios interesseiros, por vezes bacocos ou disposto à conveniente submissão a poderes instituídos. Amante do desporto em geral, não exerci a arbitragem nem estive no futebol por relevo ou ganho pessoal. Escrevo enquanto cidadão, eleitor, na plenitude dos meus direitos constitucionais, movido pela honestidade e sentido cívico.

