APITADELAS - Uma opinião de Jorge Coroado
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Cada cabeça, sua sentença, enforma expressão que, estribada na sapiência popular, significa que cada um ou cada qual tem a sua opinião. Embora encontrando-se o direito à opinião consagrado no Art.º 37.º da Magna Carta da República, existisse, como já existiu e parece haver quem queira reintroduzir, a denominada polícia de costumes, tribunais judiciais e/ou entidades administrativas independentes, não teriam mais o que fazer, tal é quantidade de diatribes, naquele sentido proferidas por um cem número de pessoas. Decisões controversas no decorrer dos jogos são isso mesmo, controversas, porquanto, dependem da opinião do oficial de jogo perante um facto momentâneo, por vezes fugaz. A opinião de quem comenta, nomeadamente dos que o fazem em TV, será ou não fruto de equivocada observação do evento, algo não admissível pois têm tempo de sobra para consolidar a ideia antes de abrirem a boca. A última ronda da Liga Bwin, e a meia-final da Taça de Portugal, entre os dois principais de Lisboa, tiveram lances de decisão difícil, todos eles de contornos idênticos, merecedores de observações distintas, nem sempre bem conseguidas, embora usufruindo de VAR. No Estoril, Diogo Costa, guardião do FCP e da equipa de todos nós, não dominou a bola à primeira. Quando, infrutiferamente, tentou fazê-lo uma segunda vez, colocou a perna direita ligeiramente em extensão de forma desequilibrada. Wagner Pina, aproveitou a benesse e, diligente, deixou perna dele para trás, embatendo com joelho na perna do guardião portista. No terreno, compreende-se o árbitro ter decidido como fez (livre direto e cartão vermelho a Diogo Costa). Com tecnologia VAR ou TV, impõe-se observação mais atenta.