O treinador do Benfica parece perdido nas análises que faz aos jogos, mas também na busca pela melhor fórmula para recuperar o ímpeto com que arrancou para esta segunda passagem pelo Benfica.
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Bruno Lage voltou a fazer uma análise enviesada da primeira parte do jogo com o Braga, tal como tinha feito da primeira parte do dérbi com o Sporting. A diferença entre águias e guerreiros durante os primeiros 45 minutos do jogo da Luz não se limitou aos golos marcados por uns e falhados por outros, embora esse tenha sido o reflexo direto do que se passou. O Benfica simplesmente não existiu durante 45 minutos, sofrendo um eclipse ainda mais acentuado do que o registado em Alvalade, uma semana antes, e perante um adversário que, em boa verdade, não lhe colocou os mesmos problemas.
Sim, Pavlidis atravessa um período de divórcio litigioso com as balizas adversárias, mas onde estiveram Di María e Akturkoglu durante esses primeiros 45 minutos? O que construiu Kokçu e, sobretudo, o que evitou que o Braga construísse? E que foi feito de Aursnes, substituído ao intervalo após um primeiro tempo invisível? O Benfica não ofereceu a primeira parte do jogo com o Braga, como não tinha oferecido a primeira parte ao Sporting, porque tanto num caso como no outro foram os adversários que lhas tiraram das mãos, mesmo sem terem forçado muito.