O Braga reforçou o plantel e a ambição de quebrar a ordem instalada no futebol português, prometendo batalhar até ao fim pelo título e fazendo-o nos canais certos, os relvados dos estádios.
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O posicionamento no mercado de inverno reforça a ideia de que o Sporting de Braga tem o título nacional como meta e a tabela classificativa sublinha que está bem colocado para lutar até ao fim.
Depois de Joe Mendes e Bruma, chega a confirmação de que também Pizzi, médio importante no tetracampeonato do Benfica, volta a Portugal para acrescentar qualidade a um plantel que já ombreava com o dos habituais candidatos aos lugares de acesso à Liga do Campeões. Os bracarenses estão a sete pontos - que podem ser apenas quatro - do Benfica, derrotaram, com toda a limpeza, o líder do campeonato, coisa que FC Porto, Sporting, Juventus e PSG não conseguiram fazer, e correm ainda pela glória na Taça de Portugal e na Conference League.
Ninguém pode dizer se 2023 será o ano do Braga. No entanto, se viajarmos no tempo até 2010, quando os arsenalistas, comandados por Domingos Paciência, discutiram o título até ao último minuto da derradeira jornada da Liga, percebemos que esta é uma equipa mais preparada, com concorrência válida em todas as posições, um ataque demolidor e aquele joker de qualidade extra que só os grandes possuem: Ricardo Horta.
Ao trajeto ascensional e sustentado do Braga, encetado por António Salvador há quase duas décadas, faltará maior dimensão social. Por outro lado, este também já não é o clube que jogava fora quando o Benfica visitava o Minho.
Mesmo assim, nota-se que ainda fica atrás na capacidade de fazer soar os tambores mediáticos, caso contrário estariam por esta altura a sair protagonistas de debaixo das pedras para jurar a pés juntos que o grande prejudicado pelo trabalho do árbitro (ou do VAR) da final da Supertaça é o Braga, uma vez que ficaram dois cartões vermelhos por mostrar a jogadores do Sporting, próximo adversário dos guerreiros na Liga. Mas, se calhar, até é melhor assim.