Nem a juventude é um defeito, nem os 30 são uma sentença. O FC Porto dança entre extremos: Froholdt chegou como sopro novo, Bednarek chega como a experiência que faltava aos reforços
Corpo do artigo
Se todos concordamos que a idade não é um posto, a tenra idade e a juventude dos reforços do FC Porto nunca foram, não são nem serão assunto. Apenas um facto. A opção por Bednarek, de 29 anos, pelo contrário, leva-nos a acreditar que essa juventude era um problema detetado no plantel. Aliás, o perfil de candidato a defesa incluía “experiência”, afastando qualquer dúvida sobre a lacuna que Farioli pretendia ver colmatada na concorrência a Zé Pedro, Nehuén e Prpic.
Por outro lado, qualidade e idade nem sempre andam a par. E Froholdt é a prova disso mesmo. Com apenas 19 anos, não mais de três treinos e poucos dias de ambientação a Portugal, o dinamarquês anunciou-se frente ao Twente – num estádio com quase 40 mil espectadores – com promessas de ser um reforço de corpo inteiro. Como se fosse um médio experiente de 29 anos, por exemplo. Apesar da idade, encheu o campo, encheu as esperanças dos adeptos e encheu de confiança a SAD e o treinador, ao ponto de descartarem, por agora, a necessidade de continuarem no mercado por mais um médio. Lá está, perante a ideia generalizada de que uma equipa só lá vai com jogadores experientes, Froholdt provou que isso pode não bastar.
De volta a Bednarek, que chega ao FC Porto com quase 30 anos, mas depois da juventude não o ter impedido, desde muito cedo, de iniciar uma carreira no Southampton, de onde chega depois de totalizar mais de 180 jogos na Premier League. Além de quase 100 jogos pela seleção da Polónia.