Os três grandes têm a cabeça a prémio. Jorge Jesus, hegemonia e orgulho e novo investimento brutal condicionam Sporting, Benfica e FC Porto
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A próxima edição da Liga portuguesa promete ser bem quente no que ao título diz respeito. A rivalidade está ao rubro e, desta vez, com o Sporting metido ao barulho. O investimento feito em Jorge Jesus e a previsível contratação de alguns nomes sonantes obrigam os leões a serem mais competentes do que foram nos últimos anos.
Dizer-se que Jesus tem um projeto para três anos é apenas conversa para retirar pressão. O projeto do ex-treinador do Benfica começa em 2015 e termina em maio de 2016. O resto logo se vê. Se em maio voltar ao Marquês, tocará no céu. Se, ao contrário, ficar pelo caminho, será um verdadeiro fracasso. Não há margem para errar.
No Benfica, além da questão histórica do tri e da recuperação da hegemonia surge um dado novo: derrotar Jorge Jesus, demonstrando que a propalada estrutura está de tal forma sólida que não abana com a saída do treinador que nos últimos seis anos ganhou três títulos. Há vida para lá de Jesus. Conquistar o tri em 2015/16 será reforçar igualmente o peso do presidente. Se isso não acontecer, embora tenha crédito acumulado, ver-se-á numa posição mais fragilizada e ser-lhe-á atribuída a responsabilidade pelo insucesso, de resto, muito colado à saída de Jesus. Vieira também joga o orgulho neste tabuleiro competitivo.
No mesmo plano de pressão está o FC Porto, que tenta reagir a dois anos de seca, voltando a investir forte no plantel. Na última época, espalhou-se após um investimento brutal e, esta temporada, volta a carregar nos euros para tentar desalojar as águias de um lugar que já foi seu. Este é o ano do tudo ou nada. Pinto da Costa sabe que não pode deixar crescer mais o Benfica nem deixar que o leão meta a cabeça de fora.