Opinião de Gil Nunes
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Participar no mundial de clubes com o objetivo de se mostrar algo pode ser pertinente quando estamos num processo de transformação. Não pode é ser regra. Com Farioli veio algo de vital: a esperança. A melhor das sensações. Porque ir ao estádio com o intuito de se ver a equipa é insuficiente e desmotivante. Em azul não chega.
Acabou o pousio. “Messa a dimora” ou a expressão em italiano que refere a passagem de uma planta do local temporário para o definitivo. Sem luz ao fundo do túnel, apenas com a sede de títulos que, ao contrário do passado recente, não transforma a derrota em ciclo.
Os reforços aportam algo de particular: jogadores jovens com vontade de se afirmarem num contexto superior. E garra: qual Mel Gibson a entrar para uma batalha no “Braveheart”, Prpic define o que falhou em Anselmi: ligação brutal entre clube e cidade. E até em croata se percebe que o Porto é um sentimento.
8 Bednarek: a peça
Chegou o patrão da defesa ou, por outras palavras, um central que não treme em qualquer situação do jogo. Mais importante do que o estupendo corte que ditou a sua saída prematura ou o alívio em cima da linha de golo na primeira parte, Bednarek representa o central durão e batido. A peça que faltava. Ainda tímido na fase de construção, mas na memória um excelente passe longo que abriu a defesa contrária e isolou Pepê na primeira parte.