O que se pode dizer, agora? Talvez quase nada e tudo fique aquém do justo. Ficam os gestos, os golos, o silêncio de quem sente e a certeza de que a memória é agora o que resta de Diogo e André.
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O que se pode dizer de Diogo Jota e do irmão André Silva? Talvez o mais correto seja deixar os elogios sentidos e que façam sentido para quem os conhecia. Neste caso, o sentimento não afeta o raciocínio, pelo contrário, aprimora o que se verbaliza. Aos que apenas admiravam os jogadores, ora em pé num estádio, ora sentados num sofá, restarão as memórias de jogadas, golos e atitudes. Enfim, aquilo que faziam dentro do campo.
A fama de Diogo Jota colocou o trágico acidente no topo do mediatismo, levando a notícia da sua morte a percorrer o mundo, à boleia das notícias em todas as línguas, partilhadas milhões de vezes. O silêncio de alguns, a dificuldade de outros em se expressarem e a velocidade a que as reações foram surgindo durante o dia revelam apenas que Diogo Jota não era só fama. Era mesmo um extraordinário jogador de futebol.
Fica o luto de uma nação e dos clubes que se habituaram a vê-lo jogar de olhos postos na baliza e um sorriso tímido capaz de expressar mais do que cabe numa frase, num texto. Fica também o vazio de sabermos que não mais celebraremos ou conversaremos sobre mais um golo de nenhum deles.
Hoje, as palavras são poucas. Mas a memória será eterna. Ou, como disse Arne Slot, treinador do Liverpool, tudo se resume numa frase: “Quando cheguei ao Liverpool, uma das primeiras músicas que conheci foi a que os adeptos cantam para Diogo”.
“Oh, he wears the number 20 / He will take us to victory / And when he’s running down the left wing / He’ll cut inside and score for LFC / He’s a lad from Portugal / Better than Figo don’t you know / Oh, his name is Diogo!”.