As diatribes exercidas pelos agentes VAR
Quem e como controla e classifica aqueles que, em cabina, manuseando a tecnologia, auxilia ou induz em erro os primeiros?
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A evolução tecnológica verificada na capacidade de captação e transmissão televisiva da instantânea realidade terá conformado os sempre céticos e muito conservadores membros do IFAB a admitirem a utilização da TV como apoio e suporte a algumas das decisões tomadas pelos árbitros no decorrer dos jogos. Para tanto, elencaram documento orientador cujo cumprimento, não é demasiado dizê-lo, exige conhecimento, competência e perceção efetiva do que é e como se desenrola um jogo de futebol. Há, porém, outras consideráveis nuances. Uma delas, tão importante quanto aqueles predicados, centra-se no manuseamento dos denominados "frames" (conjunto de vinte cinco imagens por segundo).
As transmissões em direto, sejam em canal aberto ou por cabo, invariavelmente, apresentam decalagem que pode chegar até aos 10" entre o momento em que um espectador na área metropolitana de Lisboa visiona o facto e aquele que um outro cidadão assiste na zona da Invicta
Havendo possibilidade de escolher uma entre vinte cinco imagens, só mesmo subsolados ao princípio da boa-fé poderemos admitir, por exemplo, um fora-de-jogo de três centímetros como já sucedido. Acredita-se existirem fantasmas porque o homem assim pensa, contudo algo valida algum ceticismo. As transmissões em direto, sejam em canal aberto ou por cabo, invariavelmente, apresentam decalagem que pode chegar até aos 10" entre o momento em que um espectador na área metropolitana de Lisboa visiona o facto e aquele que um outro cidadão assiste na zona da Invicta. Ora, se um segundo comporta 25 imagens, havendo tempo (o VAR, por vezes, demora eternidades), a dúvida sobre a triagem valida-se por si própria.
Controlo
Algumas, mais do que as desejáveis, porventura menos do que as legitimadas, têm sido as diatribes exercidas pelos agentes VAR e posteriormente validadas pelos árbitros que, em benefício da carreira, são observados, classificados e valorados por quem os analisa in-loco. Quem e como controla e classifica aqueles que, em cabina, manuseando a tecnologia, auxilia ou induz em erro os primeiros?
Infalível
O VAR aperfeiçoado e as condições que propicia destinam-se a ser utilizadas por operador totalmente atento e conhecedor, qual condutor com as mãos no volante preparado para assumir o controlo da viatura a qualquer momento. Embora tenham sido concebidas para se tornarem mais capazes ao longo do tempo, as funcionalidades atualmente ativas não tornam o VAR infalível.