Não foi pela diferença de intensidade e de físico que o Benfica perdeu em Newcastle. Dê as voltas que quiser, o técnico já percebeu que não tem equipa para competir com adversários deste calibre.
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O empate no clássico do Dragão, frente ao FC Porto, apenas disfarçou o que estava à vista de todos. Este Benfica não foi montado por José Mourinho e não será possível uma lavagem de rosto tão rápida quanto os benfiquistas desejavam, pelo menos até ser possível mexer no plantel com recurso ao mercado de janeiro, sendo o mais provável que em campo continue a surgir a versão pragmática e de serviços mínimos que tem chegado para consumo interno, mas que é manifestamente insuficiente quando o patamar de exigência é mais elevado.
Este jogo da Champions, ontem, foi a melhor prova disso. O Newcastle está bem apetrechado individual e coletivamente, dispõe de amplos recursos financeiros e, ainda assim, ocupa o 14.º lugar na Premier League, tendo sido claramente superior a um dos dominadores do futebol português. O poderio físico e o nível de intensidade colocado em campo pelos ingleses ajudam a definir diferenças e a explicar a expressividade dos números no marcador, mas não justificam tudo.