"Aquilo a que semanalmente assistimos é resultado de um falhado projeto de 'Irmandade'"
APITADELAS - O antigo árbitro Jorge Coroado, cronista de O JOGO, escreve sobre o atual quadro de arbitragem.
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Jornada após jornada, perante os equívocos sucessivos que se observam, sobretudo depois da implementação do VAR, muitos são aqueles que, com ou sem interesse direto no escalonamento classificativo da principal prova do calendário futebolístico nacional, questionam e se questionam sobre a valia e competência do atual quadro de arbitragem.
Fazer comparações com passado não muito distante é ingrato, pode, até, ser entendido como presunção, porém, sem esforço, basta um pouco de pragmatismo e recuar década e meia para se encontrarem razões objetivas e concretas precursoras do descalabro que é o moderno paradigma da classe. Aquilo a que semanalmente assistimos é resultado de um falhado projeto de "Irmandade", congeminado por empáfio Grão-Mestre que, propondo fundação da Academia, presuntivamente se julgaria "Platão" e contaria com apoio do aluno "Sócrates", o qual, de maior argúcia e ambição, embalou para areópagos mais favoráveis.
Olvidando Tales de Mileto, "muitas palavras não indicam necessariamente muita sabedoria", preferia o "gato siamês que toca piano e fala francês" em detrimento do gato caça ratos (Ops! Ai o PAN). A confiança que o "Rei" nele depositava esfumou-se, o degredo em helénicas paragens foi solução, porém, réstias da "Irmandade" mantêm-se continuando sem derramar lágrimas de arrependimento ou sem dar mostras de reconhecimento dos erros cometidos.
Sem rei nem roque
No sector vigora autoridade "sem rei nem roque", visível nas pontuais e controversas explanações do CA sobre uso e aplicação do VAR, também, nas prestações dos filiados, cujo expoente, até ao momento, ocorreu na última ronda, no Estádio do Jamor, pelo mais requisitado dos juízes (Artur S. Dias) com prestação digna de figurar nos compêndios de como exemplo de não agir.
Selfie
As erradas decisões dos árbitros prestam inestimáveis serviços à saúde mental de milhares de portugueses. As descargas emocionais coletivas geradas em torno daquelas são ótima panaceia para frustrações do dia a dia. Tal serviço à saúde pública merece do Presidente da República reconhecimento. Tem, por isso, obrigação de telefonar-lhes ou com eles fazer uma selfie.