"Aplicar essa pena? Já viram que tem mais adeptos que alguns países têm habitantes?"
APITADELAS - Jorge Coroado, cronista de O JOGO, escreve hoje sobre o castigo aplicado pelo Conselho de Disciplina ao Benfica.
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Na semana transata referi factos, diatribes, que preenchiam comportamento e relacionamento dos jogadores de há cerca de duas décadas. Circunstancialmente, o texto coincidiu com a polémica em torno de afirmação proferida por Jorge Andrade quanto à forma ou meio que, enquanto no ativo da sua brilhante carreira, utilizaria para "intimidar" ou "arredar" da sua zona de ação adversários com características de João Félix.
Curioso é não mais se ter ouvido ou lido referências aos famigerados processos na génese da demissão do Dr. Augusto Baganha de Presidente do IPDJ.
O charivari, insinuações e destrambelhos proferidos revelaram muito da filosofia e forma de estar, em particular presunção e arrogância de alguns esbirros a coberto da grandeza do emblema representado. Sequencialmente, soube-se do castigo de interdição aplicado ao Estádio da Luz, imposto pelo CD da FPF. Dos argumentos aduzidos pelo sancionado e explicações posteriormente proferidas por órgão da Liga com responsabilidades adjuvantes, se dúvidas houvesse, ficou claro como a aplicação de normas e regulamentos funciona, quem é quem e como atua.
Curioso é não mais se ter ouvido ou lido referências aos famigerados processos na génese da demissão do Dr. Augusto Baganha de Presidente do IPDJ, transitados para a novel Autoridade para a Prevenção e Combate à Violência no Desporto. Naturalmente, não queremos acreditar que o Sr. ministro da Educação tenha, perante o caso, dito: "São doidos! Aplicar essa pena? Já viram que tem mais adeptos que alguns países têm habitantes?"
Patifarias
Ainda as "patifarias" de então: Académico de Viseu visitante. Um dos extremos da casa, irreverente e irrequieto, derrubado por defesa forasteiro, foi ao chão contorcendo-se com dores. Lesto, o massagista viseense entrou no terreno e, com a tesoura, cortou-lhe os atilhos da bota. Disse o jogador: "Não é aí, doutor!" Resposta pronta: "Pois não, mas agora vais ter de sair, vai p"ró caraças!"
G"anda rabeta!
Hoje, pela velocidade do jogo, rigidez das táticas ou exigência castradora dos treinadores, não vermos, como vi do atual treinador do Portimonense, Folha. Parou na frente do marcador direto e perguntou: "Para que lado queres?" Passou-lhe a bola pelo meio das pernas e depois, nas costas daquele, parou e, rindo do ar atónito do contrário, disse: "eh, eh, g"anda rabeta!".