Apesar das vozes críticas, Veiga Trigo foi competente, valente e determinado
APITADELAS - Um artigo de opinião de Jorge Coroado
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Inesperadamente, o telefone toca, no visor o nome de alguém capaz de organizar belas patuscadas tipicamente alentejanas e extraordinários convívios. Mais um convite, pensou-se, para após centena e meia de quilómetros, desfrutar da companhia de convivas incapazes de um segundo de enfado. Puro engano. O amigo em comum, cujos laços desenvolveram-se devido à arbitragem, com voz trémula revelava mau prenúncio, porém esperança em não ter de anunciar o desfecho que viria acontecer: “Jorge, o nosso amigo, o Zé, está no hospital, a coisa não está fácil! As primeiras horas decidirão se fica em Beja ou será transferido para Lisboa”. Ele é lutador, tem fibra, sempre enfrentou problemas, saberá vencer mais esta batalha, comentou-se. Volvidos dias de acompanhamento à distância, com respostas de crescente preocupação, o menos desejado sucedeu. Dez dias depois, o som destinado aos aliados soou, no visor o nome do amigo.

