Talvez com mais tempo, Daniel Sousa fosse capaz de pôr o Braga a jogar com uma qualidade que ainda não se viu esta época. A questão é que a Europa não espera por ninguém.
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Parece mais ou menos claro que o despedimento de Daniel Sousa não resultou diretamente do empate consentido frente ao Estrela da Amadora. Afinal, menos de 24 horas depois, Carlos Carvalhal já orientava o treino dos minhotos com uma equipa técnica nova em folha atrás de si, pelo que o processo para a sua contratação terá sido devidamente acautelado com bastante antecedência.
António Salvador é conhecido por alguma impulsividade, mas tem a seu favor o facto de acertar mais vezes do que as que erra nesses impulsos. Daniel Sousa, por exemplo, não foi resultado de uma decisão impulsiva e já se sabe como acabou. O interesse no treinador do Arouca tornou-se evidente relativamente cedo na última temporada, levou até ao azedar das relações institucionais com os dirigentes arouquenses e justificava-se pela qualidade e solidez apresentada pelas equipas que dirigiu. O facto é que o futebol apresentado pelo Braga neste início de temporada esteve longe de impressionar, como aliás o próprio treinador reconheceu sem grandes rodeios.