Não haverá luta pelas medalhas na Suécia, mas para Portugal isto só agora começou. Para o perceber, fica aqui uma lista de nomes prontos a rebentar
Corpo do artigo
"A Europa, acreditem, olha hoje para Portugal como uma potência em crescimento. E a maioria deles nem sabe a qualidade que temos nos escalões inferiores", escreveu Gilberto Duarte em O JOGO e eu registei, pois são essas as palavras que devemos fixar num momento em que a euforia em torno da Seleção Nacional vai começar a desaparecer.
O Europeu que se está a jogar na Suécia irá ficar para a história do desporto português, não como aquele em que conseguimos pela primeira vez uma medalha, mas como o primeiro de uma caminhada gloriosa.
A verdade, e mesmo sendo inesquecíveis a vitória sobre a França e em especial a goleada frente à Suécia, é que a esta equipa falta a experiência que um grupo de estreantes a este nível nunca poderia ter e ainda uma profundidade no plantel que permita manter o ritmo e a força - duas incríveis características do jogo português - ao longo dos 60 minutos e, mais importante, ao ter de fazer sete jogos em duas semanas.
A boa notícia, e sendo a experiência algo que se está a adquirir, é que essa profundidade existe.
Em primeiro lugar, a esta equipa falta o próprio Gilberto Duarte, melhor jogador e líder da Seleção Nacional no processo evolutivo dos últimos anos.
Jogar uma fase final sem o lateral-esquerdo que está no Montpellier e esteve no Barcelona é quase equivalente a ir ao Europeu de futebol sem Cristiano Ronaldo. Gilberto não é o melhor do mundo, mas está entre os melhores e faz tanta falta como CR7.
Depois, regresso às palavras do próprio Gilberto.
Portugal já tem uma Seleção Nacional jovem: 10 dos 18 jogadores que estão na Suécia ainda não fizeram 30 anos e quatro deles, Luís Frade, André Gomes, Miguel Martins e Gustavo Capdeville, estão em início de carreira (21 e 22 anos); mas há algo mais interessante: ali ainda não foram Diogo Silva, Salvador Salvador, Gonçalo Vieira, Rúben Ribeiro, Francisco Pereira, Leonel Fernandes, Martim Costa e mais alguns outros. São nomes que o leitor deve fixar, pois têm entre 17 e 21 anos e, somados aos atuais internacionais A, vão ajudar o nosso andebol a chegar às medalhas.
O Europeu na Noruega/Suécia, e agora peço eu para acreditarem, foi apenas o início de uma bela história.