O treinador do Sporting assumiu que tem a renovação em cima da mesa, onde terá sido colocada por Frederico Varandas. Por outras palavras, só Amorim pode acabar com a especulação sobre a eventual saída
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Rúben Amorim tinha acabado de se livrar do encosto que representava o tema da saída de Hugo Viana para o City em cada conferência de imprensa, mas não resistiu a criar outro. Dizer que tem a renovação em cima da mesa, onde terá sido colocada por Frederico Varandas, é criar mais um tabu sem prazo de validade. Ao longo do resto da temporada, será quase obrigatório perguntar ao treinador se já assinou o documento e cada adiamento servirá para alimentar a perspetiva de uma saída no final da época que o próprio presidente foi incapaz de afastar definitivamente por não estar nas suas mãos. Pelos vistos, está nas mãos de Rúben Amorim. Pelo menos ficar no Sporting só depende dele. Sair dependerá de uma oferta que o satisfaça a ele, financeira e desportivamente, e o clube, que tem uma cláusula de rescisão de 20 milhões de euros a protegê-lo de surpresas mais desagradáveis.
O que nos leva mais ou menos de volta ao meio da última temporada, quando Rúben Amorim garantiu que sairia pelos próprios pés se não fosse campeão, mas manteve o tabu sobre o que aconteceria se fosse campeão até ao dia dos festejos do título. Ora, faz sentido que Frederico Varandas queira renovar com o treinador que devolveu o Sporting à primeira linha dos crónicos candidatos ao título, desempenhando um papel crucial na recuperação do clube enquanto potência desportiva e até financeira. E também faz sentido que Amorim sonhe com voos mais altos, mantendo as respetivas opções em aberto. Que coloque o tema na agenda mediática tão cedo na temporada, abre caminho para todo o tipo de especulações. Como se as especulações precisassem de ajuda...