SENADO - Uma opinião de José Eduardo Simões
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O exagero de lesões conhecidas de atletas de alta competição merece uma análise cuidada. A evolução de intensidade das modalidades nas últimas décadas, do regime de treinos aos jogos, é enorme e começa nos escalões mais jovens. Não é comparável o futebol, râguebi, basquete, vólei, andebol, natação, canoagem, ciclismo, atletismo ou qualquer dos desportos americanos praticados hoje com os da década de 90. A capacidade física e mental dos atletas atingiu patamares nunca vistos, assim como as suas alturas, envergadura ou rapidez de reações.
Há estudos que demonstram os efeitos contraproducentes dos excessos dos treinos nos jovens e das metodologias que se destinam a “criar” o atleta supremo que vai bater recordes e conseguir o que se considerava inalcançável. Está comprovado que esta demanda por súper homens e mulheres tem fortes reflexos negativos na saúde dos atletas, tanto pelas lesões sofridas como pelas consequências a médio e longo prazo. Atletas, treinadores, dirigentes, equipas clínicas e responsáveis pela “regulação” das modalidades devem parar para pensar e agir.