V. Guimarães segurou o quinto lugar em casa do rival direto. Nas ilhas, os alarmes dispararam - OPINIÃO DE HUGO SOUSA
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Este é, provavelmente, o comentário com o prazo de validade mais curto de sempre. Aliás, as ideias nem sequer têm tempo de arrefecer, porque esta segunda-feira pode baralhar as conclusões. Por isso, o melhor mesmo é virar tudo de pernas para o ar, que é como quem diz, ler a tabela de baixo para cima.
E no fundo, ainda que lá continue o Paços de Ferreira, há um cheirinho a cavalgada épica no ar. A vitória no Estoril parece pouco para as necessidades pacenses, mas o lugar do play-off, antes um desejo improvável, está agora a escassos três pontos de distância, e essa será certamente a cenoura que César Peixoto usará para guiar a caminhada.
Sob stress, e a meter água por todos os lados, estão as duas equipas das ilhas: o Marítimo não arranca e o Santa Clara vai-se afundando à vista desarmada. Já alguém dizia que isto não é como começa, é como acaba...
Mas começar bem ajuda. O Braga, ainda atordoado pela coça europeia, nem pestanejou. Teve pressa para responder ao trauma e também ao FC Porto, que ativara na véspera os serviços mínimos para despachar o Rio Ave.
Hoje, Sporting e Benfica, por esta ordem, mostram se fica tudo exatamente à mesma distância entre os quatro primeiros lugares. No quinto, ficou. O V. Guimarães não acelerou para a quarta vitória, mas travou o rival direto.