Defrontar a Alemanha oferece dificuldades acrescidas, mas o facto de o jogo ser em Munique torna a tarefa ainda mais complicada. Nada que a melhor versão de Portugal não possa superar.
Corpo do artigo
Dirão os mais otimistas que a Alemanha já não é o que era, mas os números recentes mostram que a Mannschaft ainda dispõe de argumentos para colocar qualquer adversário em sentido. Por isso, ninguém pode esperar que a equipa que a Seleção Nacional vai enfrentar esta noite seja pera doce. Pelo contrário. Se jogar contra os germânicos já é tarefa complicada por natureza, o facto de a meia-final se realizar em Munique torna a missão ainda mais difícil, muito embora Roberto Martínez disponha de argumentos suficientes para deixar o País em êxtase e abrir as portas à repetição do título conquistado nesta mesma competição em 2019, no Estádio do Dragão, com um golo de Gonçalo Guedes que derrotou os Países Baixos.
A Alemanha tem baixas importantes em todos os setores, como Rudiger, Musiala e Kai Havertz, mas dispõe na linha ofensiva de unidades criativas e perigosas como Gnabry, Sané e Wirtz, talvez o mais importante neste momento. Mas Portugal também tem talento de sobra e chega com motivação suplementar de vários jogadores, como os que acabam de vencer a Liga dos Campeões pelo Paris Saint-Germain, curiosamente neste mesmo estádio, que pode ser talismã para o quarteto luso que brilha no campeão francês e europeu. A fome de vencer está associada a esta nossa geração de craques, pelo que se entrar em campo com a sua melhor face, com espírito coletivo e a genialidade das individualidades, tem todas as razões para acreditar que é possível chegar à final e ao bis na Liga das Nações. Que sigam o exemplo dos Sub-17 e possam dar mais uma alegria ao povo.