FC Porto e Benfica são dos clubes que mais recorrem a fundos. Estão ambos no top 10 do ranking da UEFA e isso não é coincidência
Quem anda pelas redes sociais e navega habitualmente pela internet já se deve ter cruzado com a - excelente - reportagem do canal France 2 sobre os fundos de jogadores. Entre provas de obscuridade e suspeitas de crime, dão-se alguns exemplos, entre os quais o do portista Mangala - como poderiam ter sido dados o do benfiquista Ola John ou o do sportinguista Marcos Rojo, entre muitos outros. Os puritanos e moralistas benzem-se como se tivessem visto Satanás. Mas mal começa a bola a rolar, aplaudem o sucesso do futebol português, o tal que ocupa o quinto lugar no ranking de clubes da UEFA e tem duas equipas entre as dez mais fortes do continente.
Só em transferências internacionais, no último defeso movimentaram-se 2,5 mil milhões de euros. Para quem ainda não percebeu, o futebol transformou-se num negócio global e altamente lucrativo. Na base da pirâmide, mal ou bem, estão os adeptos: são eles que pagam bilhetes, são eles que dão as audiências às televisões, são eles que consomem o produto futebol. Em troca, querem as vitórias das suas equipas, o que quase sempre se consegue com os melhores craques. E esses são caros.
Os fundos de jogadores têm sido a máquina que mantém o futebol português ligado à Europa nos últimos anos. E poucos clubes no mundo têm beneficiado tanto deste mecanismo como FC Porto e Benfica. Querer acabar com eles será riscar de vez os principais clubes nacionais do mapa da Liga dos Campeões.
