Sim, a idade não é um posto, mas pode tornar-se num farol quando tudo escurece ou se instala a euforia. O FC Porto acredita em ambas as possibilidades ao contratar Bednarek e Luuk de Jong
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É capaz de não ser preciso um mestrado em gestão desportiva, nem um curso XPTO de treinador para concluir, olhando para o plantel que o FC Porto está a construir, que faltava algo que fosse além da qualidade e da quantidade. Havia um défice de experiência. Havia, porque, ao contratar Bednarek e Luuk de Jong, a equipa ganhou mais do que idade: adquiriu a experiência que pode fazer a diferença entre manter a cabeça fria nos momentos mais negativos e não embandeirar em arco com vitórias épicas. A conclusão não é uma ciência, mas tem ingredientes para correr bem — pelo menos melhor do que na época passada.
É óbvio que os 29 anos do defesa-central e os 34 anos do ponta-de-lança não foram a razão da sua contratação. Se assim fosse, os 19 anos de Froholdt teriam impedido o dinamarquês de ser a grande notícia da pré-temporada em Portugal. Mas os quase 200 jogos de Bednarek na Premier League e os 291 golos de Luuk de Jong talvez permitam que Prpic se torne numa surpresa de 2025/26 — pelo menos que possa evoluir sem ter de o fazer sempre a competir — e que Samu não volte a socar um placard publicitário a cada falhanço ou derrota.