A Europa rica
Rsta quinta jornada da Liga Europa, tendo pela frente só Europa rica, permitiu, apesar de tudo, melhorar um pouco a imagem do futebol português de clubes, que começava a ficar desvalorizada.
Corpo do artigo
Sporting e Braga apurados, FC Porto bem encaminhado, Vitória a perder a oportunidade de ganhar um jogo na fase de grupos - esta quinta jornada da Liga Europa, tendo pela frente só Europa rica, permitiu, apesar de tudo, melhorar um pouco a imagem do futebol português de clubes, que começava a ficar desvalorizada. Desta vez ficou claro que ainda há uma certa distância entra as equipas portuguesas em relação às suíças e holandesas, que pareciam ter-se aproximado muito, em parte porque as de cá tinham perdido força e engenho. Nem tanto.
O Sporting deu um golpe de autoridade e conseguiu um bom jogo, apesar de faltarem peças importantes. Foi mesmo um dos melhores jogos da época. Regressou Wendel, depois de mais de um mês sem jogar porque andou na noite. Um castigo excessivo, visto de fora, e Bruno Fernandes (que defendeu Wendel na conferência de Imprensa, inusitadamente ou talvez não) marcou mais dois golos.
A jornada permitiu, apesar de tudo, melhorar um pouco a imagem do futebol português de clubes, que começava a ficar desvalorizada
O FC Porto ganhou na Suíça ao Young Boys, que encaixou apenas a terceira derrota em toda a época (e duas foram com os dragões) mas é de valor inferior. A surpresa Aboubakar, que há meia dúzia de dias Sérgio Conceição dissera que ainda estava longe de poder ser titular, apesar de o ter sido pelos Camarões, jogou 90 minutos e marcou dois golos. Fez muita falta ao FC Porto na época passada, porque é, tecnicamente, o melhor dos pontas de lança. Sem deixar de fisicamente ser forte. Regressou Marchesín, Luis Díaz entrou nos últimos minutos, os vídeos da D. Cindy começam a desaparecer. Boa segunda parte, mas os últimos minutos foram de sofrimento sem necessidade. Podem ver o que fez o City do sr. Guardiola na deslocação à Atalanta e com menos um: bola junto à linha e ganhar cantos e lançamentos laterais.
Ao Braga e ao Wolverhampton, vinha a calhar um empate se o Slávia não ganhasse. Perdeu mesmo a equipa checa, e os homens de Sá Pinto conseguiram um recorde de 12 jogos seguidos sem perder na Europa e depois de estarem a perder 1-3. Não é fácil fazer quatro pontos com uma das seis melhores equipas inglesas.
O Vitória tinha apenas um português no onze inicial (André Pereira) e pediu-se VAR muitas vezes em Guimarães - o penálti que dá o primeiro golo ao Standard de Liège não existe. Vou seguindo, sem ficar convencido, as mudanças que Ivo Vieira vai fazendo no onze - Pedro Henrique lá regressou à defesa e deve haver alguma razão muito forte para ser segundo plano tantas vezes. Como outros. Mas uma equipa faz-se de também de rotinas... e, dos últimos nove jogos, só ganhou um.