Ao contrário do filósofo, cujo tempo para ponderar pode ser ilimitado, o árbitro é confrontado com a carência de decidir em frações de segundo, perante situações ambíguas e sob pressão intensa
A dúvida é uma das características mais marcantes da experiência humana. Desde tempos imemoriais, tem impulsionado o ser humano a questionar, a explorar os limites do saber e a evoluir, tanto em termos individuais como coletivos. As grandes questões filosóficas, como o sentido da vida, a origem do universo ou o que nos distingue enquanto espécie, permanecem envoltas em incerteza. É na zona entre o ignoto e a resposta que a dúvida se aloja e brota. Esta inquietação perante o desconhecido não é exclusiva do domínio filosófico. Galgada para o quotidiano, manifesta-se em vastos contextos, desde exíguas escolhas pessoais até decisões que podem mudar o rumo de uma comunidade.

