O que têm em comum Sérgio Conceição e Florentino? Quase nada, a não ser o facto de terem aparecido em excelente forma na hora em que FC Porto e Benfica mais precisavam.
Corpo do artigo
1 - Sérgio Conceição foi questionado, na conferência de Imprensa que serviu de lançamento ao jogo de logo à noite com o Montalegre, sobre se é, nesta altura, a figura mais consensual do FC Porto. O treinador, que driblou a questão, colocando a tónica na necessidade de centrar as atenções no desafio da Taça de Portugal, nem precisava de responder. Minutos antes, quando confrontado com o tema da renovação, soube aplicar as palavras certas para a manter o distanciamento em relação às dinâmicas de pré-pré-campanha que já causaram danos importantes na imagem ao clube. Tão criticado por, em momentos de tensão desportiva, ter colocado o dedo nas feridas internas, Conceição emergiu como foco de clarividência. Na hora certa, quando foi necessário, provou ser mais eficaz a comunicar do que dezenas de portistas que todos os dias escutamos.
2 - Florentino, tantas vezes apontado como estando na porta de saída do Benfica, está à beira do centésimo jogo pelas águias. É já o terceiro jovem formado no Seixal com mais partidas disputadas na Luz, 99, concretamente. De campeão a emprestado, saiu e voltou para festejar novo título nacional, respondendo com boa nota ao protagonismo oferecido por Roger Schmidt na época passada. Na temporada em curso, nem a incursão faraónica, para a realidade portuguesa, do Benfica no mercado de transferências disfarçou a necessidade de ter Florentino em campo. O barato, por vezes, sai barato.