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Chamam-lhe "Inferno do Norte" por alguma razão. São 256 km a pedalar, quase 90 em cima de uma empedrado horrível, conservado no formato original e considerado pelos franceses como monumento nacional.
A sorte e o azar decidem a corrida da maioria dos ciclistas, o sofrimento sente-se nas pernas, mas não só: espalha-se também garganta abaixo, arranhada pelo pó que se engole a cada metro, e vai sobretudo para as mãos, obrigadas a segurar um guiador trepidante.
Os corredores defendem-se como podem, mas penar durante cinco horas e meia deixa marcas. Rui Oliveira, melhor português dos últimos 41 anos, ao chegar em 52.º, revelou as suas. As chagas nas mãos vão demorar dias a curar.
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