Boavisteiros querem saber qual o futuro do clube depois de a Comissão de Licenciamento da Federação Portuguesa de Futebol não atribuir licença para a Liga 3
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Teve início às 00h00 deste sábado uma vigília organizada por adeptos do Boavista, no exterior do Estádio do Bessa, exigindo a marcação de uma Assembleia Geral com caráter de urgência para que seja conhecido e debatido o futuro do emblema axadrezado, exigindo a presença do líder do clube e também do presidente do Conselho de Administração.
Recorde-se que a Comissão de Licenciamento da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) decidiu não atribuir a licença de participação na Liga 3 e no Campeonato de Portugal ao clube, deixando-o sem outra alternativa senão disputar as provas organizadas pela Associação de Futebol do Porto. Segundo informações recolhidas por O JOGO, a sociedade liderada por Fary Faye não foi capaz, pela segunda vez, de apresentar os documentos exigidos a 7 de julho em sede de Audiência Prévia, ou seja, certidões de não dívida à Autoridade Tributária, bem como à Segurança Social.
Embora o destino pareça traçado, fonte do Boavista garantiu à agência Lusa que vai esgotar todas as tentativas para reverter esta decisão da Comissão de Licenciamento, apresentando, nos próximos três dias úteis (segunda, terça e quarta-feira), um recurso para o Conselho de Justiça da FPF. Se a contestação for rejeitada, então o emblema do Bessa cairá para o primeiro escalão hierarquicamente abaixo da Liga 3, que seria disputado pelo Marco 09, e do Campeonato de Portugal, para o qual seria convidado o Vila Meã, 2.º classificado da Liga Pro, da AF Porto, ganha pelo Aparecida. O processo está a ser acompanhado de perto pela associação presidida por José Neves, que, entretanto, o remeteu ao Conselho de Disciplina daquele órgão distrital para que este possa analisar os pressupostos da candidatura das panteras à divisão mais alta da hierarquia portuense.
O Boavista foi despromovido à II Liga em maio, depois de ter terminado a mais recente edição da I Liga no último lugar, com 24 pontos. O desfecho dar-lhe-ia o direito a disputar o segundo escalão em 2025/26, mas o clube do Bessa não foi capaz de se inscrever naquela competição organizada pela Liga Portugal, que justificou a decisão com a existência de dívidas a atletas, treinadores e funcionários e a outras sociedades desportivas, além da ausência de regularização da situação contributiva junto da Autoridade Tributária e da Segurança Social.