Medalhas da natação surpreenderam: "Atingimos um patamar que não estávamos à espera"
José Machado considerou que os resultados conseguidos em Roma abrem boas perspetivas para o objetivo de marcar presença numa final olímpica em Paris.
Os resultados conseguidos pelos nadadores portugueses nos Europeus permitem encarar com otimismo o objetivo traçado para o ciclo olímpico, de marcar presença numa final dos Jogos Paris'2024, afirmou o diretor desportivo da Federação da modalidade.
"Atingimos um patamar que não estávamos à espera, que foi o patamar das medalhas. À partida o nosso objetivo era marcar presença em finais, conseguimos bem mais do que isso", disse José Machado, em declarações à agência Lusa.
O diretor desportivo da Federação Portuguesa de Natação (FPN) destacou o facto de os resultados da melhor participação lusa de sempre em Europeus terem sido conseguidos "por um coletivo" e não apenas por um ou dois nadadores.
"Nestes Europeus, todos os nadadores conseguiram passar, pelo menos uma fase da competição, ou seja nadaram mais do que uma vez, mostra que houve um desenvolvimento coletivo", afirmou, acrescentando: "Não podemos pensar que os resultados foram fortuitos, além dos dois bronzes, conseguimos três quintos lugares, um sexto, um sétimo e um oitavo".
José Machado considerou que os resultados conseguidos em Roma abrem boas perspetivas para o objetivo de marcar presença numa final olímpica em Paris, e alargam o leque de nadadores com hipóteses de o conseguir.
O responsável técnico referiu que a prestação portuguesa nas provas de natação pura mostram que a "estratégia de apostar apenas numa grande competição na época foi acertada", depois de Portugal ter estado representado apenas por dois nadadores nos Mundiais, que decorrem em junho, em Budapeste.
"Colocámos o foro nos campeonatos de Europa, queríamos apresentar-nos no melhor estado de forma da época e isso foi conseguido na maior parte dos casos", disse, considerando "redutora" a ideia de que devido à proximidade com os Mundiais "os Europeus possam ter estado mais fracos".
José Machado lembrou que nenhum os dois medalhados lusos - Diogo Ribeiro e Gabriel Lopes - conseguiu chegar ao pódio sem ter batido as suas melhores marcas pessoais, em provas onde ficaram à frente de nadadores com títulos e recordes mundiais.
Portugal conseguiu nas piscinas do Foro Italico de Roma a sua melhor prestação de sempre em Campeonatos da Europa de natação, com nove presenças em finais (mais quatro do que em Glasgow'2018) e duas medalhas de bronze, elevando o total de sempre para quatro.
Em Roma, os nadadores lusos asseguraram presença em 14 meias-finais, quase duplicando o melhor registo anterior que era de oito, e fizeram cair 10 recordes nacionais absolutos.
