Hamilton impressionado com o circuito: "Na saída da curva 8, ficas a olhar para o céu"
A estreia absoluta da Fórmula 1 no Autódromo Internacional do Algarve, cheio de elevações, deu origem a imagens de rara beleza. Mas, ao mesmo tempo, o circuito algarvio parece intimidar
A Mercedes chegou a Portimão divertida, alegando que "não havia sinal da montanha-russa que todos falavam", mas rapidamente ganhou respeito ao traçado português, como se percebe pelas palavras de Lewis Hamilton, que neste fim de semana se pode tornar o mais vitorioso de todos os tempos na Fórmula 1, suplantando os 91 triunfos de Michael Schumacher; e dar mais um passo para o sétimo título mundial que lhe permite igualar o lendário piloto alemão.
Ontem, o britânico fechou o dia de forma discreta, em oitavo na segunda sessão de treinos livres, 1,368 segundos mais lento do que o companheiro Valtteri Bottas e depois de ter sido segundo no primeira. No final, confessou que "a sensação no carro não era assim tão boa", considerando a pista do Autódromo Internacional do Algarve "difícil e extremamente desafiante".
"As ondulações são incríveis. Há muitos lugares onde simplesmente não consegues ver para onde estás a ir. Na saída da curva 8, ficas a olhar para o céu durante um período de tempo e não tens ideia do que está a seguir", contou o seis vezes campeão mundial, constatando ainda que, como o asfalto é novo, "o piso é muito liso". "Vimos pilotos a cometer erros, a escorregar e a entrar em pião, portanto não foi um dia fácil...", resumiu.
Hamilton revelou ainda que passou por "uma sensação terrível na segunda sessão". "Tenho de dar alguns passos para trás e descobrir onde errei e onde posso melhorar amanhã [hoje]", completou, prevendo uma "luta feroz" durante a qualificação de hoje, especialmente durante a Q1.
Mesmo assim, a Mercedes pretende dar continuidade ao pleno de "poles" que regista esta temporada - três foram de Bottas, oito pertenceram a Hamilton.