"Lewis Hamilton? Com um carro normal, nota-se que tem debilidades"

Lewis Hamilton

 foto AFP

Declarações de Fernando Alonso, piloto da Aston Martin, em entrevista ao jornal L'Équipe.

Na Arábia Saudita, Lewis Hamilton disse que a Red Bull tinha o carro mais veloz que já tinha visto: "Não estou de acordo. Na Arábia, terminei a 20 segundos de Checo [Perez] e de Max [Verstappen], mas ele e Rosberg tinham um minuto sobre o resto em 2014 e 2015. Depois de duas ou três voltas baixavam as prestações para salvarem os seus motores. Ele tem pouca memória, está a ficar mais velho".

Lewis Hamilton: "Com um carro normal, nota-se que tem debilidades. Antes, não competia contra ninguém, só às vezes com o seu colega. É o piloto com mais "poles" e George Russel ganha-lhe 2-0 na classificação esta temporada... e ele não se esqueceu de como conduzir. Isto demonstra até que ponto o carro continua a ser um fator essencial".

Aston Martin: "Esperava ter um carro competitivo dentro de um ou dois anos, mas estar nesta situação em seis meses é genial. Antes de chegar à Aston Martin, antecipei-me ao problema da adaptação. Preparei-me e falei com eles sobre o meu estilo de condução e a direção assistida. Trabalhámos nisso desde janeiro e preparámo-nos no simulador".

Pronto para ganhar um Grande Prémio? "Vou precisar da ajuda da Red Bull, um acidente ou uma avaria, mas vamos continuar a ser competitivos. Nunca imaginaria isto há três meses. É íncrivel ter um carro capaz de lutar pelo pódio".

Mudança para a Aston Martin foi a melhor escolha da sua carreira? "Sim, seguramente. Agora, a Aston é uma máquina vencedora. Mas também desfrutei do meu período na Ferrari e da Toyota no WEC [Campeonato Mundial de Endurance da FIA], em que ganhei duas vezes o Le Mans".

Saída da Alpine: "Sinto-me como se tivesse 30 anos e estou melhor preparado agora do que em 2003. Otmar [Szafnauer, chefe de equipa da Alpine] faz o seu papel, mas isso não funciona comigo. Penso que Hamilton tinha 35 anos quando venceu o seu sétimo título. O factor da idade não deveria pesar nos pilotos. E a Aston não teve medo [quanto a isso]. Mas serão sempre família. Não tenho nenhum ressentimento nem com a Renault nem com a Alpine. Teria gostado que nos entendêssemos melhor no ano passado. Na Austrália, falei com eles sobre ampliar o meu contrato... e não tive notícias até julho".