
UAE Team Emirates' Slovenian rider Tadej Pogacar wearing the best young rider's white jersey (2nd L) and Jumbo-Visma's Danish rider Jonas Vingegaard wearing the overall leader's yellow jersey (C) cycle in the ascent of the Col de la Loze during the 17th stage of the 110th edition of the Tour de France cycling race, 166 km between Saint-Gervais Mont-Blanc and Courchevel, in the French Alps, on July 19, 2023. (Photo by Thomas SAMSON / AFP)
Thomas SAMSON / AFP
Pode ser a maior distância entre primeiro e segundo desde 1997. Tadej Pogacar promete lutar por uma etapa depois do baque na tirada 17 da Volta a França que o deixou a 7m35s de Vingegaard.
O que parecia ser uma Volta a França discutida ao segundo e nas bonificações transformou-se num confronto desequilibrado a favor de Jonas Vingegaard. Pogacar, da UAE, chegou à terceira semana a dez segundos do dinamarquês e, depois do contrarrelógio (etapa 16) e dos 73 km de subida na etapa-rainha no Col de La Loze, sai a 7m35s da camisola amarela. Ainda falta uma etapa de montanha, que pode ou não aumentar a diferença entre os dois, porém já se pode assinalar que a Volta a França poderá ganhar contornos históricos: desde 1997 que não se vê uma diferença destas, quando Jan Ullrich bateu Richard Virenque, por 9m09s.
De lá para cá, a vitória de Lance Armstrong em 1999 foi retirada por doping (avanço de 7m37s para Alex Zulle), a de 2002 de igual modo, com vantagem de 7m17s para Joseba Beloki. Só em 2014 o desnível é maior do que se vê agora, quando Nibali, pela Astana, aproveitou desistências para cavar 7m37s para Jean-Christophe Péraud, da AG2R. Ou seja, dois segundos apenas a mais do que se vê agora na luta pela camisola amarela.
Apesar de ter perdido mais de 6 minutos, Pogacar rejeitou problemas no joelho esquerdo, ensanguentado após queda, e até quer honrar os fãs com uma vitória de etapa. "Foi o meu pior dia na bicicleta e pensei que podia perder o pódio. Tive uma ajuda fundamental do Marc Soler. Mas quero estar bem, recuperar e aparecer em boa condição no sábado. Seria incrível poder ganhar uma etapa e vou fazer por isso", prometeu.
"Muito pode acontecer, mas é uma liderança confortável neste momento, claro. É uma diferença incrível, nunca ousaria pensar", reconheceu Vingegaard, líder da Jumbo e do Tour, a caminho da segunda Volta a França do palmarés.
