O JOGO sabe que a Bora-Hansgrohe está em contacto com o português, cuja resposta no Giro dá confiança para as Grandes Voltas. A UAE tem mais dinheiro e é a principal rival
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A Bora-Hansgrohe, apurou O JOGO, prioriza a contratação de João Almeida para 2022. O ciclista português termina contrato com a Deceuninck e o patrão, Patrick Lefevere, admitiu que Almeida sairia face à intenção da equipa em conservar outros corredores, tendo de gerir um orçamento de 20 milhões de euros, que já não vai ter a Deceuninck como patrocinador principal.
O interesse da Bora em Almeida não é novo, o próprio Lefevere o confirmou, mas solidificou-se nas últimas semanas. A equipa tem Buchmann como corredor de montanha, quarto no Tour"2019, com contrato até 2024, mas quer um atleta mais polivalente. Já contratou Kelderman em 2020 à DSM e a intenção seria juntar Jay Hindley, segundo no Giro"2020 e desistente já na edição deste ano, só que a entrada do australiano gera dúvidas no ambiente coletivo, já que Hindley atacou Kelderman, seu companheiro na Sunweb no Giro passado.
Almeida faz diferenças no contrarrelógio e será o mais desejado para a remodelação do projeto, que deverá ficar sem Peter Sagan, logo deixando a equipa mais disponível em termos orçamentais para pensar ganhar provas de uma semana e disputar Grandes Voltas em vez das clássicas.
Almeida, quarto em 2020 e com a maior subida de forma na edição deste ano, prova ser regular e ter estofo mental. Agora que viu que a altitude faz diferença nos ganhos, quer alguma liberdade na equipa para discutir pódios de Grandes Voltas e tal pode pesar a favor da Bora, já que a UAE Emirates, mesmo colocando os portugueses Ivo, Rui Oliveira e Rui Costa em apoio ao compatriota, tem Pogacar como coqueluche. A Ineos aprecia o português, mas com um bloco fortíssimo seria o jovem a trabalhar em prol de outros.