Detenção de basquetebolista cria "batalha diplomática" entre Estados Unidos e Rússia
Brittney Griner, estrela da WNBA e campeã olímpica de basquetebol em Tóquio'2020, foi detida na Rússia por posse de estupefacientes.
A norte-americana Brittney Griner, estrela da WNBA e campeã olímpica de basquetebol em Tóquio'2020, foi detida na Rússia por posse de estupefacientes, anunciou a Federação de Basquetebol dos Estados Unidos a 5 de março, num contexto de crise entre o Ocidente e Moscovo devido à Ucrânia.
A detenção, que terá ocorrido há três semanas, é agora motivo de atenção para o governo dos Estados Unidos, que trabalha neste momento no regresso da atleta ao seu país, embora não tenha conseguido contactar ainda com a basquetebolista, nem através do consulado.
"Penso que realmente é pouco normal que não tenhamos tido acesso [a Brittney Griner] através da nossa embaixada ou dos nossos serviços consulares. O sistema criminal da Rússia é muito diferente do nosso, muito opaco. Não sabemos exatamente onde o processo dela está. Ela está detida há três semanas e isso é extremamente preocupante", afirmou Colin Allred, membro da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, à ESPN.
Segundo a congressista Sheila Jackson, a Casa Branca e o Departamento de Estado americano estão a trabalhar ativamente através dos canais diplomáticos para tentar o retorno da basquetebolista. A gestão de Joe Biden estará a evitar pronunciar-se publicamente sobre o caso por motivos estratégicos, temendo que a Rússia use a situação como trunfo diplomático contra os Estados Unidos, durante o período da invasão à Ucrânia.
A basquetebolista representa os Phoenix Mercury e foi detida à chegada à Rússia, em voo proveniente de Nova Iorque, devido ao "cheiro" que emanava das malas que transportava.
Segundo os serviços alfandegários russos, foi confirmada a existência de óleos canabinoides, vaporizadores e outros produtos relacionados.
Duas vezes campeã olímpica, a última das quais em 2021, Britney Griner, de 31 anos, enfrenta uma pena de prisão de cinco a 10 anos, se for condenada, pelo crime de tráfico de estupefacientes.
Griner alterna a carreira na Liga norte-americana com a presença na Europa, representando o Ecaterimburgo desde 2014.