ENTREVISTA, PARTE II - Zicky Té ainda tem uma longa carreira pela frente, mas já pensa num plano B e vai voltar a estudar
Corpo do artigo
Candidatou-se à Universidade Autónoma de Lisboa, para o curso de Gestão do Desporto. Ansioso?
-Sim, muito. Começo em outubro, depois de voltar do Mundial. Não sei o que me espera, não estudo há algum tempo. Vamos ver como é que vai ser este desafio.
Vai à praxe?
-[risos] Não! Gostaria, mas não vou. Vou ver, claro, mas não vou participar.
Ainda tem uma carreira curta, mas já pensa no que fazer depois de pendurar as chuteiras. Gosta de ter sempre um plano B?
-Sim, porque, infelizmente, a carreira de um jogador não é eterna. Tudo isto acaba um dia, e convém estar preparado. Nós, atletas, temos duas vidas: a vida enquanto jogador e a vida pós-carreira. Quanto mais preparado estiver para esse momento, melhor. Os meus colegas vão ter um campeão do Mundo e da Europa na turma, é verdade, e eu vou tê-los para me ajudarem. Não sei o que é mais espetacular, para ser sincero [risos]. Mas vai correr tudo bem...
Tem apenas 23 anos, mas conta já com vários títulos no palmarés. Há algum momento que o tenha marcado mais?
-Felizmente, as coisas têm-me corrido muito bem. Tenho tido muitos momentos bons ao longo da minha carreira. E gosto sempre de salientar os inícios das coisas. Quando cheguei à Seleção pela primeira vez; a primeira vez que joguei pelo meu clube. Tento sempre salientar esses momentos, porque as outras conquistas foram todas ótimas, maravilhosas. Conforme o tempo vai passando, vou olhando e vou vendo o quão difícil foi fazer o que tenho feito. Eu e os meus colegas. Não é fácil ter as conquistas que estamos a ter e continuarmos a manter a mesma ambição e vontade de continuar a ganhar.